quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ânsias

O tempo deixou-me para trás sozinha
Como águia a percorrer o deserto azul
A solidão estreita comigo laços a tanto coesos
e meu silêncio se torna presságio da morte.
Será mesmo esse meu reflexo?
 Perdida em meio a um obscuro passado!
Será esse meu sangue frio que corre nas veias?
É mesmo essa minha alma esquecida numa névoa de pecados?
São todas as dores que se pode sentir, todas as mentiras e ilusões
que me faziam viva agora são pó...
Já não existe dia...não há minutos...tudo parou.
É preciso que o tempo me consuma, a solidão me desfaça,
para que as dores não me atormentem,
para que os fantasmas não me atormentem.
Doze badaladas e sombras surgem em meu olhar...
São ânsias me sufocando, envenenando-me...
fazendo-me ter um desejo fatal por mais uma noite
na madrugada, jogada nas estrelas...
Tenho ânsias...pela morte, pelo fim das dores.

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