quinta-feira, 7 de outubro de 2010

JarDiM das aLmAs mOrTaS


Num jardim de altos muros
essa noite eu fui passear
guiada por um anjo negro
que em todos os lugares me fez passar.
Nesse jardim de altos muros
que a luz impedia entrar,
era frio, morto, escuro...
Para onde quer que pudesse olhar.
Flores mortas pelo chão,
fragância de rosas murchas no ar
a morte era muito presente alí
não havia mais vida naquele lugar.
Em seus corredores longos e escuros
eu percebia ao caminhar...
que nem mesmo a poderosa quimera
em seu interior queria ficar.
Vultos sem face, corpos sem coração
lar dos condenados à eternidade
de viver sem vida, de morrer em vão.
Onde eu encontrei tal jardim, tão cheio de desolação?
A resposta causou-me espanto,
desespero, frustração...
Percebi que o Jardim das Almas Mortas...
estava dentro do meu coração.



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