Alma Felina - A Dor do Silêncio

Havia um azul de sabedoria intensa que atravessava penumbras do meu espaço através do olhar do meu gato que já não é mais meu, (óbito) só ele se possui. Deve ser bom ser-se gato olhar e ver através de um mutável olhar todo azul a ironia ou o desencanto a escoarem-se pela ponta da cauda, sem permanecerem viciosos por baixo da pelagem ronronar sempre que nos apetecer e ainda assim permanecer sempre gato inexorável e intransigentemente gato.

Por que a perda, dói ? E como dói! Meu peito está se corroendo de dor....

Desejos... Proibidos...

Nem às paredes me atrevo a confessá-los...
Mas nunca pensamentos nunca foram proibidos!

ME DEIXEM SOZINHA!!!

Quero apenas ficar sozinha...Hoje eu decidi. Quero ficar sozinha.
Quero esquecer amor...Quero esquecer...Que tenho coração... pois, será ele que me manterá viva?
Quero o ar para que Eu possa respirar...Mas o coração que sofre...Que dói... Que sangra... Que sente saudade...Que chora por amor...
Esse eu não quero mais...Quero esquecer que ele existe. Pra não sofrer nunca mais....Quero ficar sozinha...Sem desejos...Sem beijos... Sem saudades...Quero ficar sozinha...Esquecer os sonhos... E eu não quero mais viver somente de sonhos...Quero ficar sozinha...
Quero apenas viver sozinha e contemplar o vazio.

Vontade que vem e Vai - Sucidio!

Por vezes penso em suicídio… Sentir a vida esvair-se pelas veias abertas dos pulsos, o ar faltar nos pulmões e o coração começar lentamente a parar devido a força que os comprimidos lentamente roubam a todos os músculos, o corpo começar a deteorar-se intrinsecamente, com ácidos e substancias que provocam pulsões tais que o corpo se auto destrói com a intensidade eléctrica do corpo, o sangue e a carne a expelirem-se através da atmosfera, depois dum embate no solo frio e indiferente, depois da vertigem da queda, ou então… o chumbo trespassando o cérebro, beijá-lo e dizer-lhe com carícias na mente: “Descansa. O sofrimento acabou…”

PerDida No Tempo

Ando tão perdida no meio desta vida de corre-corre, que por vezes até esqueço em que dia da semana estamos e tb que tenho tenho relógio...sim porque é assim que se mede o tempo, infelizmente aquele tempo cronológico que maldita invenção! Mas porque é que cada um não pode viver o seu tempo, sem ser considerado um marginal? Quero o meu tempo, o meu tempo real, aquele tempo de amar e não esquecer, aquele tempo de cultivar amizades, tempo de liberdade, de ir à praia no inverno e comer gelados, de recordar os que não estão, os que não quiseram estar, e tempo de estar os que permanecem, pelo nosso ou pelo seu próprio tempo.
Há tempo que não passa, tempo que custa a passar e outro que é veloz, mas o importante mesmo é não nos perdermos no tempo,e se por acaso nos perdermos existir alguém no nosso tempo ou não, que invente a máquina do tempo, para que possamos regressar sempre,
ao tempo que procuramos!