sábado, 6 de setembro de 2008

ReFúGiO dA aLmA

Deitada na minha cama, no leito doce e frio da madrugada, meus pensamentos voam inertes, em direção do nunca, em direção do nada. No mesmo instante, em que minha alma se esvai, de meus olhos vazios uma gota de sangue cai e se congela no tempo, na vastidão dos seus preságios. Sinto a brisa leve da morte me envolver em seus braços, e me entrego à dama da noite desconhecida. E em tal momento me pergunto: O que mais provei dessa vida?...Talvez mágoas, desilusão, rancor, solidão e ódio, esses foram os diretores que redigiram um fim em minha vida de antemão. Agora eu tento desatar as feridas que me mantém presa a esse catre... Mergulho no firmamento, na imensidão do espaço, onde a energia daqueles que morreram rodopiam feito pássaros, só assim me sinto leve e suave. Sinto que sucumbi o féu vil e torpe de depressão, tédio e desgosto. Muitos me maldizem, só porque eu digo que as trevas são o refúgio da alma. Maior que a mais profunda das estirpes veneráveis sobre a qual se estende no desejo tímido da noite, algo que transcede a vida à própria morte e agoniza nos lábios vacilantes dos insaciáveis...Chorar nunca foi minha vontade, antes fossem gotas de sangue, para que me levassem à eternidade, pela face de um sofrimento confinado......

Sem comentários: