segunda-feira, 15 de setembro de 2008

OdEiO a SoCiEdAdE HiPóCRiTa


" Ter mentido é ter sofrido. 0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. 0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. 0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão."

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

sábado, 6 de setembro de 2008

ReFúGiO dA aLmA

Deitada na minha cama, no leito doce e frio da madrugada, meus pensamentos voam inertes, em direção do nunca, em direção do nada. No mesmo instante, em que minha alma se esvai, de meus olhos vazios uma gota de sangue cai e se congela no tempo, na vastidão dos seus preságios. Sinto a brisa leve da morte me envolver em seus braços, e me entrego à dama da noite desconhecida. E em tal momento me pergunto: O que mais provei dessa vida?...Talvez mágoas, desilusão, rancor, solidão e ódio, esses foram os diretores que redigiram um fim em minha vida de antemão. Agora eu tento desatar as feridas que me mantém presa a esse catre... Mergulho no firmamento, na imensidão do espaço, onde a energia daqueles que morreram rodopiam feito pássaros, só assim me sinto leve e suave. Sinto que sucumbi o féu vil e torpe de depressão, tédio e desgosto. Muitos me maldizem, só porque eu digo que as trevas são o refúgio da alma. Maior que a mais profunda das estirpes veneráveis sobre a qual se estende no desejo tímido da noite, algo que transcede a vida à própria morte e agoniza nos lábios vacilantes dos insaciáveis...Chorar nunca foi minha vontade, antes fossem gotas de sangue, para que me levassem à eternidade, pela face de um sofrimento confinado......

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

vErSoS VaZiOs

De tanta inspiração e tanta vida, que meus nervos convulsivos inflamava... E ardia, sem conforto...O que resta-me entao?? Resta apenas uma sombra esvaecida, resta uma poeta morta!?
Morrer!!! e resvalar nas sepulturas frias, nas fontes das ilusões... do meu peito quebrado o coração!!!
Nem saudades levar da vida imperfeita, onde arquejou de fome..Sem um leito!!! Em trevas, luz, escuridão!!!
Será q estou ficando mais Insana ainda???

terça-feira, 2 de setembro de 2008

cAiNdO dE bAiXo


Estou trancada aqui dentro, sinto-me cada vez mais longe. Acho que não vou conseguir voltar, caí num poço sem fim...Então eu grito, grito, mas a sociedade hipócrita e capitalista, parece não me ouvir. Todos estão rindo alí fora, brincando de viver. Parecem não sentir minha falta... Intercedam por mim, por favor...
Diga que sempre estarei no seu coração, diga-me que nunca serei esquecida, diga-me que vc tentou de tudo... mas não pode segurar a minha mão. Caindo, eu estou caindo!!! Sinto que minha presença já não importa mais.
Sinto-me sozinha!!! Já não ouço sua voz... Está frio aqui dentro, o sol já não brilha a muito tempo...
Nem sinto-me mais... Nem consigo encontrar-me aqui, ouço tudo tão silenciosamente, está tudo tão pequeno, tão escuro, não sei mais o que fazer...

Alguém aí será q pode me ouvir???